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Jornal da USP | Jornal Pró-lata | Planeta na Web |
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Teatro sensibiliza funcionários para questão ambiental Uma dupla de palhaços interrompe o vai-e-vem atarefado dos operários da Souza Cruz. As máquinas continuam trabalhando e quase não dá para se ouvir a bagunça promovida por Lelé e Da Cuca, do grupo Treinadores da Alegria. Apesar disso, em menos de um minuto, os trabalhadores se amontoam atentos à algazarra dos dois personagens que, apesar das brincadeiras, foram até o chão da fábrica para tratar de um assunto sério: informar que, sem a coleta seletiva e a reciclagem, o planeta pode se transformar numa montanha de lixo. A mesma reação de divertimento e curiosidade é demonstrada pelos funcionários do escritório, do almoxarifado e do refeitório. Todos guardarão a lembrança de que não se pode fazer como o palhaço Lelé que, apenas depois da bronca do amigo Da Cuca, aprendeu que não se deve desperdiçar resíduos, nem jogá-los em qualquer lugar. Quem insistir no erro poderá ganhar o apelido de "lelé da cuca" e ser apontado como inimigo número um da natureza.
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Com seu trabalho de conscientização pelo teatro, o grupo Treinadores da Alegria
conseguiu colaborar com a campanha de redução dos resíduos da Souza Cruz e elevar o
índice de reciclagem da empresa para 78% . "Quando a campanha de coleta seletiva foi
iniciada, há um ano, 100% do lixo ia parar no aterro sanitário", revela a analistas
de RH da Souza Cruz, Celi Rodrigues. "Embora tenhamos feito cartazes e dado
palestras, o trabalho dos Treinadores da Alegria contribuiu para que as pessoas se
identificassem com as cenas apresentadas, e isso favoreceu a percepção sobre a
necessidade de se reciclar", ela diz.
Intervenção no trabalho A interação com a "platéia" e sua reação imediata à apresentação dos palhaços motivou a criação do grupo, há sete anos, pelos atores Eduardo Mancini, Cléo Moraes e Milton de Almeida, que se revezam na representação da dupla Lelé e Da Cuca. "Por ser uma intervenção direta no ambiente de trabalho, corremos o risco de nos apresentar em lugares com espaço físico pouco adequado, por exemplo, e até encontrar funcionários de mau-humor", afirma Mancini. "Esse contato com o improviso acabou servindo de estímulo para a trupe." Conscientizar as pessoas sobre a importância de se cuidar da natureza também foi outro fator decisivo para a formação da identidade dos Treinadores. "Sempre tivemos uma preocupação muito grande com o meio ambiente: além de participar de Ongs, a separação de resíduos é algo rotineiro em nossas casas. Gostar do que fazemos no grupo e, principalmente, acreditar no nosso trabalho fez com que os Treinadores tivessem uma característica própria." Apesar de ter se especializado em meio ambiente, o grupo Treinadores da Alegria também desenvolve peças que abordam temas específicos, como ISO 14000, Qualidade de Vida e Segurança no Trabalho. "É a empresa que determina os assuntos a serem abordados pelos palhaços", informa Mancini. "Muitas delas até sugerem que a apresentação seja feita num palco ou num auditório. Mas é a invasão no local de trabalho que contribui para que a cumplicidade entre os atores e os funcionários favoreça o objetivo da peça, que é educar e sensibilizar." Para Mancini, quando a apresentação
acontece num teatro tradicional, a participação do público fica comprometida. "No
ambiente de trabalho não existe palco e o palhaço tem a liberdade de se sentar ao lado
das pessoas, se quiser. Além disso," ele diz, "a intervenção faz com que a
imagem do teatro continue presente por muito tempo, o que facilita a mudança de
comportamento."
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